04 Junho 2007

Luto


Pessoal...
Talvez alguns de vós não saibam ainda, mas estas notícias correm rápido. Fui surpreendida amargamente.
Não há formas suaves de dizer algo assim: o Vasco morreu...
Alguns de vós lembrar-se-ão dele como o Profe de Quimica Orgânica ou de Macromolecular mais compincha e maluquito. Era querido de todos, amigo de todos. Tinha 38 anos, não fumava, fazia desporto regularmente...e foi apanhado pela teia traiçoeira dos genes, que lhe granjearam um cancro no pulmão.
Adeus, Vasco. Ao menos isso não se arrastou.
:-(((((

13 Abril 2007

Excelente notícia para luta contra o cancro

Cientistas dos Estados Unidos deram mais um passo no sentido de descobrir o que torna o câncer de mama letal, ao ter encontrado quatro genes que atuam juntos para "ajudar" o câncer de mama a se espalhar para os pulmões.
Em estudo publicado na revista científica Nature, os pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (MSKCC), em Nova York, dizem
que experiências com ratos mostraram que desativar esses quatro genes de uma só vez reduz dramaticamente a capacidade de o tumor mamário se espalhar.

Isso porque os quatro genes produzem proteínas que se combinam para permitir que as células cancerígenas escapem para a corrente sangüínea e se instalem nos pulmões - um processo conhecido como metástase.

A equipe de cientistas concluiu que duas drogas que inibem duas das proteínas produzidas pelos genes reduziram, nos ratos, o crescimento e o alastramento dos tumores mamários, se usadas em conjunto.

Testes

"A combinação desses medicamentos é eficiente mesmo se eles, individualmente, não apresentaram bons resultados", disse Joan Massagué, diretor do programa de Biologia e Genética do Câncer do MSKCC. "Se conseguirmos desativar esses genes, isso vai afetar as metástases."

"Os genes são usados em conjunto para atrair vasos sangüíneos e entrar na circulação, chegar aos pulmões e usar a mesma tática para penetrar", concluiu.

Massagué também está investigando quais genes promovem metástases em outras partes do corpo, como o cérebro e a medula óssea, e se genes semelhantes estão envolvidos no alastramento de outros tipos de câncer, como o de cólon.

Segundo Anthea Martin, do Cancer Research UK, a habilidade da doença em se espalhar é que a torna de difícil tratamento.

"Essa pesquisa vem se somar ao nosso conhecimento de que os genes podem estar envolvidos nas metástases do câncer de mama para os pulmões", afirmou. "E quanto mais entendermos esse processo, mas chances os cientistas têm de desenvolver tratamentos preventivos."

" As investigações, efectuadas em roedores, sugerem que a combinação de medicamentos pode inibir a acção destes genes na formação de tumores e na difusão das metáteses, incluindo a formação de outros tipos de cancros, como o do cólon ou do fígado, afirma Joan Massagué (Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, Nova Iorque), biologista e co-autor, com Gaorav Gupta, do estudo.

Entre estes genes já conhecidos dos investigadores, uns surgem mais especializados na formação das metáteses, outros na alimentação do tumor através da formação de um vaso sanguíneo adaptado (angiogénese).
O estudo demonstra claramente de que forma os genes dividem o trabalho para acelerar o processo de desenvolvimento do cancro.

Os investigadores testaram três moléculas inibidoras específicas destes genes (cetuximab, célécoxib e GM 6001). Tomadas separadamente as moléculas não tem qualquer efeito. Em contrapartida, a sua associação permitiu reduzir o crescimento do tumor na ordem de 50 por cento nos ratos.

Os primeiros testes clínicos devem começar proximamente e fornecer os primeiros resultados preliminares dentro de poucos anos. "

Sem dúvida uma excelente notícia na luta contra uma doença que se esperava debelada em finais do séc XX mas que ainda se impôe ao avanço da ciência . Esperemos que os primórdios deste século nos tragam a derradeira notícia que esta doença seja erradicada bem como tantas outras .

10 Abril 2007

As curiosidades do Prof Walter Lewin

Mas uns belos videos do Prof. Walter Lewin.  Se as aulas de Física fossem todas assim não era  melhor. 













04 Abril 2007

NASA descobre planetas com dois sóis


Astrónomos da NASA descobriram vários sistemas planetários com dois sóis, tornando real a imagem de Luke Skywalker a contemplar o duplo entardecer no planeta Tattoine, no filme de ficção ‘Guerra das Estrelas’.
“Podem existir centenas de planetas com dois ou mais sóis”, afirmou David Trilling, cientista da Universidade do Arizona, autor de um relatório publicado no início do mês na revista ‘Astrophysical Journal’.
Utilizando o telescópio espacial Spitzer, os cientistas da NASA concluíram que os sistemas planetários com dois sóis são tão comuns como os de um único sol, tal como o que integra a Terra.
Dos cerca de 200 planetas extra-solares descobertos, cerca de 50 orbitam em torno de um ou de dois sóis no mesmo sistema. “Há cada vez menos oposição a esta ideia e estas observações comprovam-no”, referiu David Trillin.

03 Abril 2007

TGV bate record de velocidade

O novo comboio francês V150 bateu hoje o record de velocidade em comboios ao ultrapassar os 574,8 kms hora em Champagne-Ardenne, França.
A viagem, realizada pelo TGV de Paris para Champagne-Ardenne, previa que a composição atingisse os 540 quilómetros por hora mas o V150 mostrou ser capaz de mais. O record anterior estava nos 513,3 quilómetros hora e também pertencia a um comboio francês.
O V150 resulta de uma parceria entre a Alstom, a Sociedade Nacional de Caminhos-de-ferro (SNCF) e a Rede Ferroviária de França (RFF) em que cada uma das parceiras investiu 30 milhões de euros.
O comboio V150 foi produzido na fábrica da Alstom de La Rochelle, apresentando-se como o resultado de 14 meses de trabalho, em que estiveram envolvidos mais de 100 engenheiros e técnicos.
Desde 15 de Janeiro que uma equipa de 40 engenheiros e técnicos da Alstom, da SNCF e da RFF tem vindo a testar cerca de 600 parâmetros, por forma a garantir que o recorde de velocidade fosse atingido com «a máxima segurança e o máximo conforto».
Agora imaginem o próximo record vai ser do TGV em Portugal, ou então não.

30 Março 2007

Aspartame

Como o post dos corantes e conservantes e afins é compridérrimo, os coments poderiam passar despercebidos...assim aqui vai comment a um dos edulcorantes, o Aspartame. No tópico deste edulcorante diz-se que é "desprovido de efeitos adversos ". Isso não é verdade!
Em animais, o aspartame provoca MORTE, ATAQUES EPILEPTICOS, TUMORES, entre outros. Dos animais testados, destacam-se ratinhos e macacos.
Em Humanos, há noticia de DEPRESSÃO, PERDA DE AUDIÇÃO, PERDA DE MEMÓRIA RECENTE, TUMORIGÉNESE, entre outros.
E há mais, a empresa encarregue de testar a viabilidade toxicológica do aspartame manipulou os testes e entregou resultados fraudulentos à FDA (federal drugs administration), que assim, enganada ou manipulada, permitiu a comercialização do dito cujo. Por trás disso, dinheiro e política. Adivinhem qual é o nome mais associado à manipulação dos falasos resultados: Donald Rumsfeld...si, ó si, o mesmo que inventou armas de destruição maciça no Iraque.
Todos os investigadores que tentaram refutar esses resultados manipulados (pois já tinham mais do que provas suficientes sobre a toxicidade do aspartame) foram afastados, calados, ignorados, senão ridicularizados, e, para nossa desgraça, ridicularizados.
Uma vez metabolizado, o aspartame é transformado em metanol e formaldeído, que o corpo acumula!!!!!! Formaldeído, senhoras e senhores, nada mais nada menos do que líquido de embalsamar!!!
Continuam a querer juntar adoçante ao cafézinho?? Tal como a coca cola light e os Plenos, entre outros, há adoçantes que nos vão deixar bem conservadinhos por dentro...

27 Março 2007

Rótulos e E...

Como muitas pessoas sabem, quando compramos um alimento temos que verificar o rótulo. Em muitos alimentos conservados, como as conservas e outros, existe nos ingredientes os E qualquer coisa. Estes aditivos alimentares separam-se eme são:

  • Corantes. (44)
E 100 — Curcumina (C. I. 75 300); corante fenólico amarelo-alaranjado, de natureza fenilpropanóidica, extraído da raiz de Curcuma (Curcuma domestica; Zingiberaceae); não lhe são conhecidos efeitos adversos, reconhecendo-se-lhe mesmo propriedades medicinais (anti-inflamatórias e antioxidantes), podendo inclusive contribuir para reduzir o nível de colesterol e controlar o teor de açúcar no sangue.
E 101 — Riboflavina (e riboflavina-5-fosfato); corante amarelo-alaranjado, que é a vitamina B2, naturalmente presente em muitos alimentos; é obtida a partir da levedura de cerveja ou, mais usualmente, por processos
sintéticos; não apresenta efeitos tóxicos dado que o organismo excreta na urina o excesso para além das suas exigências diárias.
E 102 — Tartarazina (C. I. 19 140); corante amarelo de natureza azóica, obtido por síntese, afim das anilinas; certas pessoas particularmente sensíveis, nomeadamente as asmáticas e as intolerantes à aspirina, são afectadas pelos corantes azóicos, apresentando manifestações de urticária, rinites, alterações da visão e problemas respiratórios; outro grupo susceptível a estes corantes é o das crianças com a síndroma de hiperactividade, que sofrem frequentemente de eczemas e asma.
E 104 — Amarelo de quinoleína (C. I. 47 005); corante amarelo-baço a amarelo-esverdeado do tipo «alcatrão de carvão», obtido por processos sintéticos, capaz de produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 110 — Amarelo-sol FCF (C. I. 15 985) ou amarelo alaranjado S; corante amarelo azóico, obtido por síntese; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 120 — Cochonilha, ácido carmínico e carminas
(C. I. 75 470); corante vermelho que é um glicósido fenólico presente nos ovos e tecidos gordos da fêmea de uma cochonilha (Dactilopius coccus ou Coccus cacto) que vive em cactos do género Opuntia, na América Central e nas Ilhas Canárias; o corpo seco da cochonilha contém c. 10% do princípio corante, o ácido carmínico; as carminas são os complexos insolúveis do ácido com metais alcalino-terrosos e metais pesados (p. ex., zinco); pode induzir reacções alérgicas em pessoas sensíveis.
E 122 — Azorubina ou carmosina (C. I. 14 720); corante vermelho de natureza azóica, produzido por síntese, pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 123 — Amarante (C. I. 16 185); corante vermelho de natureza azóica, produzido por síntese; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 124 — Ponceau 4 R (C. I. 16 255) ou vermelho cochonilha A; corante vermelho de natureza azóica, produzido por síntese; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 127 — Eritrosina (C. I. 45 430); corante vermelho do tipo «alcatrão de carvão», obtido por processos sintéticos; pode produzir fototoxicidade (sensibilidade à luz) e reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 128 — Vermelho2 G (C. I. 18 050); corante vermelho de natureza azóica, produzido por síntese; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 129 — Vermelho allura AC (C. I. 16 035); corante vermelho de síntese.
E 131 — Azul patenteado V (C. I. 42 051); corante azul-
-violeta escuro do tipo «alcatrão de carvão», obtido por processos sintéticos; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 132 — Indigotina ou carmim de indigo (C. I. 73 015); corante azul do tipo «alcatrão de carvão», obtido por processos sintéticos; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102; tem tido utilização clínica para verificar o normal funcionamento dos rins, pois que, ao ser injectado nas veias ou no músculo, a urina deve ficar azul.
E 133 — Azul-brilhante FCF (C. I. 42 090); corante azul do tipo «alcatrão de carvão», obtido por processos sintéticos; em mistura com a tartarazina (E 102) produz tonalidades de verde; pode originar reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 140 — Clorofilas (C. I. 75 810) e compostos derivados, clorofilinas (C. I. 75 815); pigmentos das folhas das plantas, utilizados como corantes verdes; não se têm verificado efeitos adversos, embora não se use a clorofila pura mas preparações que contêm outros pigmentos, compostos lipídicos e sais (conhecidas por «clorofila técnica»); as plantas mais utilizadas para obter estas preparações são as urtigas, as gramíneas e a luzerna.
E 141 — Complexos cúpricos das clorofilas e de compostos derivados (C. I. 75 815) que constituem corantes de cor verde-azeitona; o átomo de magnésio da molécula de clorofila foi substituído pelo cobre, não se sabendo se há efeitos adversos.
E 142 — Verde S (C. I. 44 090); corante verde do tipo «alcatrão de carvão», obtido por processos sintéticos; pode provocar reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.
E 150a — Caramelo simples; corante castanho que se afasta já bastante do produto açucarado e aromatizado obtido pelo aquecimento dos açúcares; a inocuidade do caramelo é questionada de longa data, mais devendo ser os caramelos industriais; outras variantes de caramelo têm vindo a ser eliminadas, aceitando-se apenas mais as três que a seguir se referem.
E 150b — Caramelo sulfítico cáustico.
E 150c — Caramelo de amónia; note-se que se verificou em ratos que o caramelo produzido com amónia induz a deficiência de vitamina B6 nesses animais.
E 150d — Caramelo sulfítico de amónia.
E 151 — Negro brilhante BN ou negro PN (C. I. 28 440); corante preto de natureza azóica, produzido por síntese; pode provocar reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102; em porcos a que se forneceu o corante foram detectados quistos intestinais.
E 153 — Carvão vegetal; produto natural resultante da queima de materiais vegetais e usado como corante preto; provavelmente não trará riscos à saúde se a manufactura for adequada, com bastante oxigénio para a combustão, mas nos EUA foi banido por se admitir que possa provocar o cancro.
E 154 — Castanho FK; corante castanho de natureza azóica, obtido por síntese, pode provocar reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102; experiências com bactérias indicam que possui propriedades mutagénicas.
E 155 — Castanho HT (C. I. 20 285); corante castanho de natureza azóica, obtido por síntese; pode provocar reacções semelhantes às referidas para o E 102.
E 160a — Carotenos mistos (C. I. 75 130) e beta-caroteno (C. I. 40 800); pigmentos amarelo-alaranjados das plantas, presentes nas folhas em associação com as clorofilas e outros pigmentos, e ainda em cenouras, tomates, alperces, laranjas, frutos de roseira e muitos outros órgãos vegetais; não têm efeitos adversos, sendo transformados em vitamina A no organismo humano; admite-se mesmo que tenham funções protectoras do organismo.
E 160b — Anato, bixina, e norbixina (C. I. 75 120); pigmentos amarelos a alaranjados de natureza carotenóide, presentes nas sementes e frutos do anate (Bixa orellana; Bixaceae), não têm efeitos adversos.
E 160c — Extracto de pimentão, capsantina e capsorubina; pigmentos laranja-avermelhados de natureza carotenóide presentes nos pimentos vermelhos (Capsicum annuum; Solanaceae) e em frutos, flores e outros órgãos de várias plantas; não têm efeitos adversos.
E 160d — Licopeno; pigmento vermelho de natureza carotenóide presente nos tomates (Lycopersicon esculentum; Solanaceae) e em muitos outros órgãos vegetais (diospiros, laranjas, cenouras, frutos de roseira, etc.); não tem efeitos adversos.
E 160e — Beta-apo-8-carotenal (C 30) (C. I. 40 820); pigmento laranja a vermelho-amarelado que é um derivado de carotenóides de plantas; não se conhecem efeitos adversos.
E 160f — Éster etílico do ácido beta-apo-8-caroténico (C30) (C. I. 40 825); pigmento amarelo a alaranjado que é um derivado de carotenóides de plantas; não se conhecem efeitos adversos.
E 161b — Luteína; pigmento amarelo a avermelhado é a xantofila (álcool carotenóide) de maior distribuição nas plantas, não só presente nas folhas verdes de todas as plantas, como em algas verdes (Chlorophyta) e vermelhas (Rhodophyta) e em muitos frutos e pétalas de flores; não tem efeitos adversos.
E 161g — Cantaxantina; pigmento alaranjado de natureza carotenóide presente em cogumelos comestíveis (p. ex., Cantharellus cinnabarinus; Agaricaceae), cianobactérias e outros microrganismos, é também responsável pela coloração das penas dos flamingos; não tem efeitos adversos, sendo mesmo usada em altas doses em cápsulas «bronzeadoras» que quando ingeridas conferem um tom alaranjado à pele.
E 162 — Vermelho de beterraba ou betanina; pigmento vermelho-púrpura com características de alcalóide, com algumas analogias estruturais com as antocianinas
(E 163), mas que não deve ser com elas confundida; encontra-se na raiz da beterraba de mesa (Beta vulgaris; Chenopodiaceae) não sendo tóxica para o ser humano, embora se tenha verificado em Inglaterra que c. 15% da população não metaboliza adequadamente
o pigmento, sofrendo de um desequilíbrio alimentar conhecido por «betúria».
E 163 — Antocianinas; pigmentos fenólicos das plantas, responsáveis pelas colorações vermelhas, azul ou violeta de muitas flores, frutos e folhas; as suas tonalidades variam com o pH do meio e com a presença de componentes diversos como, p. ex., os sais metálicos; não têm efeitos adversos, admitindo-se, mesmo, exercerem uma certa acção protectora sobre o organismo.
E 170 — Carbonato de cálcio (C. I. 77 220), ou calcário; é usado como corante branco na superfície de certos alimentos e, eventualmente, como suplemento de cálcio, excipiente ou para dar firmeza; não tem efeitos adversos.
E 171 — Dióxido de titânio (C. I. 77 891); corante branco utilizado para cobrir a superfície de alimentos, preparado a partir do mineral ilmenite; não tem efeitos adversos.
E 172 — Óxidos e hidróxidos de ferro, utilizados como corantes vermelho (C. I. 77 491), amarelo-acastanhado (C. I. 77 492) e castanho (C. I. 77 499); não se conhecem efeitos adversos, embora alguns dietistas considerem como tendo efeitos desfavoráveis o consumo elevado de alimentos a que se adiciona ferro (p. ex., flocos de cereais e outros produtos de farinhas integrais).
E 173 — Alumínio; corante metálico para a superfície de alimentos, obtido do mineral bauxite; é parcialmente absorvido nos intestinos, mas facilmente eliminado pelos rins, quando saudáveis; muitos dietistas consideram prejudicial o consumo excessivo de alumínio, resultante dos próprios utensílios de culinária, de pastilhas antiácido e outras, por admitirem que conduz ao envelhecimento celular, nomeadamente das células nervosas.
E 174 — Prata; corante metálico para a superfície de alimentos; os sais de prata são tóxicos para as bactérias e outras formas simples de seres vivos; o consumo prolongado pelo ser humano pode originar argíria, uma coloração cinzenta-azulada da pele, que não é perigosa.
E 175 — Ouro; corante metálico para a superfície de alimentos; é quimicamente muito inerte e, portanto, sem perigo para a saúde.
E 180 — Litol-rubina BK; corante vermelho de natureza azóica, obtido por síntese; em geral sem efeitos adversos, pois é essencialmente utilizado para dar a cor vermelha externa aos queijos do tipo flamengo.

  • Conservantes. (39)
E 200 — Ácido sórbico; usado como conservante pois inibe o desenvolvimento de leveduras e fungos, é um açúcar-ácido presente em muitos frutos; pode ser obtido dos frutos da sorveira (Sorbus aucuparia; Rosaceae) ou por processos de síntese; poderá ter efeitos irritantes sobre a pele.
E 202 — Sorbato de potássio; conservante com as mesmas propriedades do que o ácido sórbico, é mais solúvel do que este, sendo obtido dele por reacção com potassa; não se lhe conhecem efeitos adversos.
E 203 — Sorbato de cálcio; conservante idêntico ao E 200 e E 202, obtido por processos de síntese; não se lhe conhecem efeitos adversos.
E 210 — Ácido benzóico; conservante que é um ácido fenólico que ocorre naturalmente em algumas plantas, mas é em geral preparado por processos sintéticos; tem propriedades antibacterianas e antifúngicas; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102; em concentrações elevadas pode ainda provocar irritações gástricas, tendo sido referido, por outro lado, ser responsável por desordens de natureza neurológica; reage com o bissulfito de sódio (E 222) também utilizado como conservante.
E 211 — Benzoato de sódio; sal de sódio do E 210 com características idênticas às dele.
E 212 — Benzoato de potássio; sal de potássio do E 210 com características idênticas às dele.
E 213 — Benzoato de cálcio; sal de cálcio do E 210, com características idênticas às dele.
E 214 — p-Hidroxibenzoato de etilo; conservante obtido a partir do ácido benzóico (E 210), com características idênticas às dele.
E 215 — Sal de sódio do p-hidroxibenzoato de etilo, com características idênticas às dele.
E 216 — p-Hidroxibenzoato de propilo; conservante obtido a partir do ácido benzóico (E 210) e com características idênticas às dele.
E 217 — Sal de sódio do p-hidroxibenzoato de propilo, com características idênticas às dele.
E 218 — p-Hidroxibenzoato de metilo, conservante obtido a partir do ácido benzóico (E 210) e com características idênticas às dele.
E 219 — Sal de sódio do p-hidroxibenzoato de metilo, com características idênticas às dele.
E 220 — Dióxido de enxofre; conservante e antioxidante, é também usado como branqueador e estabilizador da vitamina C; obtém-se em geral por combustão do enxofre, sendo tradicionalmente usado na desinfecção do vasilhame onde se armazena o vinho; pode produzir reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102, para além de ser irritante do aparelho digestivo; quando utilizado no branqueamento da farinha destrói a maior parte da sua vitamina E.
E 221 — Sulfito de sódio; conservante e agente antimicrobiano, obtido por síntese; os sulfitos podem ser perigosos para as pessoas asmáticas.
E 222 — Hidrogenossulfito de sódio (ou bissulfito de sódio); conservante e branqueador obtido por síntese; os sulfitos podem ser perigosos para as pessoas asmáticas.
E 223 — Metabissulfito de sódio; conservante e antioxidante, obtido por síntese; pode produzir irritação gástrica, devido à libertação do ácido sulfuroso, e reacções alérgicas na pele; os sulfitos podem ser perigosos para as pessoas asmáticas; a sua acção sobre os alimentos leva à redução dos teores de tiamina (vitamina B1).
E 224 — Metabissulfito de potássio; conservante idêntico ao E 223.
E 226 — Sulfito de cálcio; conservante, também usado para dar consistência a alimentos, obtido por síntese; tem efeitos idênticos aos do E 223.
E 227 — Hidrogenossulfito de cálcio (ou bissulfito de cálcio); conservante de síntese com efeitos idênticos aos do E 223.
E 228 — Hidrogenossulfito de potássio (ou bissulfito de potássio); conservante de síntese com efeitos idênticos aos do E 223.
E 230 — Bifenilo ou difenilo; conservante com propriedades antifúngicas produzido por processos sintéticos, pela acção do calor sobre o benzeno; usa-se no tratamento da superfície de frutos, como os citrinos, para evitar o seu apodrecimento; parte do conservante pode penetrar na polpa do fruto e ser consumido; os trabalhadores expostos ao bifenilo referem o desencadear de naúseas, vómitos e irritações dos olhos e
nariz.
E 231 — Ortofenilfenol; conservante com propriedades antibacterianas e antifúngicas, obtido por síntese e com características e efeitos idênticos aos do E 230.
E 232 — Ortofenilfenato de sódio; conservante de síntese utilizado como substituto do E 231.
E 234 — Nisina; conservante que é um antibiótico de natureza polipeptídica produzido por bactérias do género Streptococcus (p. ex., S. lactis) e naturalmente presente em alguns queijos; não se lhe conhecem efeitos adversos, sendo adicionada a pudins e queijos para ajudar à sua conservação.
E 235 — Natamicina; conservante que é um antibiótico do tipo macrólido, com propriedades antifúngicas, produzido pelo Streptomyces natalensis; usado no tratamento da superfície de queijos de pasta dura e semi-dura e de enchidos secos ou curados.
E 239 — Hexametilenotetramina; conservante sintético, com propriedades antifúngicas, derivado do benzeno; utilizado no queijo Provolone; o consumo prolongado deste conservante causa transtornos gastrointestinais devido à produção de formaldeído, verificando-se menos frequentemente irritações urinárias e alergias na pele; tem efeitos mutagénicos em animais de laboratório.
E 242 — Dicarbonato dimetílico; conservante de síntese utilizado em bebidas aromatizadas não alcoólicas e em concentrados de chá líquido.
E 249 — Nitrito de potássio; conservante e agente de cura; não deve ser usado em alimentos para bebés de idade inferior a 6 meses; destrói os glóbulos vermelhos e ao reagir com as aminas forma nitrosaminas, que são potencialmente carcinogénicas; afecta as pessoas asmáticas e outras com tendência para as alergias.
E 250 — Nitrito de sódio; conservante idêntico ao E 249.
E 251 — Nitrato de sódio; mineral que ocorre naturalmente. É utilizado como conservante e agente de cura; por acção microbiana ou no estômago pode transformar-se em nitritos, com todos os efeitos desfavoráveis referidos para o E 249.
E 252 — Nitrato de potássio; conservante idêntico ao E 251.
E 280 — Ácido propiónico; conservante com propriedades antifúngicas; é um produto natural de fermentações, podendo estar presente em determinados produtos fermentados; não tem efeitos adversos.
E 281 — Propionato de sódio; conservante idêntico ao E 280.
E 282 — Propionato de cálcio; conservante idêntico ao E 280.
E 283 — Propionato de potássio; conservante idêntico ao E 280.
E 284 — Ácido bórico; conservante com ligeiras propriedades bacteriostáticas, usado, p. ex., no caviar; tem propriedades purgativas.
E 285 — Tetraborato de sódio ou bórax; conservante com propriedades idênticas ao ácido bórico, devido a originá-lo por hidrólise, quando em solução.
E 1105 — Lisozima; enzima hidrolítica (EC 3.2.1.17) de grande distribuição nos seres vivos, que quebra ligações glicosídicas b-1,4 da proteoglicana da parede celular de bactérias e, portanto, tem acção protectora contra estes microrganismos; utiliza-se como conservante em queijos curados; não tem efeitos adversos.


  • Antioxidantes. (15)
E 300 — Ácido ascórbico (ou vitamina C); antioxidante em soluções aquosas e emulsões lipídicas, evita o escurecimento de frutos e sumos, preserva a cor da carne e utiliza-se como melhorante da farinha; ocorre naturalmente em muitos frutos e vegetais frescos, sendo também produzido comercialmente por síntese biológica ou química; é bem tolerado, não apresentando efeitos adversos em doses usuais, mas em doses altas pode provocar diarreia e erosão dentária; doses superiores a10 g por dia levam à formação de pedras renais em pessoas susceptíveis.
E 301 — Ascorbato de sódio; antioxidante idêntico ao E 300.
E 302 — Ascorbato de cálcio; antioxidante idêntico ao E 300.
E 304 — Ésteres de ácidos gordos do ácido ascórbico: a) palmitato de ascorbilo; b) estearato de ascorbilo; antioxidantes e preservantes da cor, obtidos sinteticamente; não têm efeitos adversos.
E 306 — Extracto rico em tocoferóis (vitamina E); antioxidante e fornecedor de vitamina E, obtido de óleos vegetais, p. ex., de soja, gérmen de trigo, gérmen de arroz, algodão, milho e folhas verdes, destilados sob vácuo; nas utilizações usuais nos alimentos não se têm detectado efeitos adversos.
E 307 — Alfa-tocoferol (vitamina E); antioxidante e vitamina E, obtido sinteticamente; nas utilizações nos alimentos não têm sido detectados efeitos adversos.
E 308 — Gama-tocoferol (vitamina E), como o E 307.
E 309 — Delta-tocoferol (vitamina E), como o E 307.
E 310 — Galato de propilo (ou propilo 3,4,5-tri-hidroxibenzoato); antioxidante preparado sinteticamente, utilizado em óleos e gorduras e produtos desidratados; pode produzir irritações gástricas e reacções alérgicas semelhantes às referidas para o E 102; não é permitido em alimentos para bebés e crianças.
E 311 — Galato de octilo (ou octilo 3,4,5-tri-hidroxibenzoato); antioxidante idêntico ao E 310.
E 312 — Galato de dodecilo (ou dodecilo 3,4,5,-tri-hidroxibenzoato); antioxidante idêntico ao E 310.
E 315 — Ácido eritórbico, ou ácido isoascórbico; é uma forma isomérica do ácido ascórbico (E 300); é utilizado como antioxidante; não tem efeitos adversos.
E 316 — Eritorbato de sódio; sal de sódio do E 315, utilizado com idêntica finalidade.
E 320 — Butil-hidroxianisolo (BHA); antioxidante de natureza fenólica, preparado sinteticamente, utilizado em óleos e gorduras e produtos desidratados, emprega--se frequentemente em conjugação com os galatos (E 310, E 311 ou E 312) ou com compostos sinérgicos, nomeadamente os ácidos cítrico ou fosfórico (E 330 ou E 338); resiste ao calor; no organismo aumenta o teor lipídico e do colesterol do sangue e induz no fígado a formação de enzimas para a sua metabolização, com o risco associado da destruição de compostos importantes, como a vitamina D; pode induzir reacções alérgicas como as referidas para o E 102, não sendo permitido em alimentos para bebés e crianças; todavia, experiências com animais de laboratório, nos EUA, sugerem que possa ter acção protectora contra certos compostos carcinogénicos.
E 321 — Butil-hidroxitolueno (BHT); antioxidante de síntese, utilizado em óleos e gorduras e produtos desidratados, com efeitos idênticos ao E 320; experiências laboratoriais nos EUA sugerem que prolonga a vida dos ratos, enquanto que experiências na Dinamarca indicam que poderá aumentar a formação de tumores, também em ratos.
E 322 — Lecitina; é um fosfolípido de colina, presente em plantas e animais e geralmente obtido de sementes de soja, amendoim e milho ou de gema de ovo; utiliza-
-se como emulsionante, estabilizador, antioxidante e espessante; não tem efeitos adversos, sendo usado experimentalmente no tratamento da demência senil e para mobilizar as gorduras do organismo.
E 325 — Lactato de sódio; sal do ácido láctico (E 270), usa-se como substituto do glicerol, como humidificante, como agente tamponizante e para intensificar o efeito antioxidante de outros compostos; não tem efeitos adversos nos adultos, mas pode exercer uma certa toxicidade nos bebés.
E 326 — Lactato de potássio; sal do ácido láctico (E 270), com utilizações e efeitos idênticos aos do E 325.
E 327 — Lactato de cálcio; sal do ácido láctico (E 270), com utilizações e efeitos idênticos aos do E 325; utiliza-se também para dar firmeza a certos alimentos.
E 330 — Ácido cítrico; constituinte natural de muitos frutos (nomeadamente de limões e outros citrinos) é preparado comercialmente pela fermentação de melaços com certas estirpes de Aspergillus niger; uma das suas utilizações é a de intensificar a capacidade antioxidante de outros aditivos, evitando a descoloração de frutos e o desenvolvimento de sabores estranhos e contribuindo para a retenção da vitamina C; é ainda estabilizador da acidez de constituintes alimentares, sequestrante (complexante de metais), aromatizante e ajuda a dar consistência às geleias; quando tomado em grandes quantidades pode ter um efeito irritante local e levar à erosão dos dentes.
E 331 — Citratos de sódio: a) monossódico; b) dissódico; c) trissódico; obtidos do ácido cítrico (E 330) têm efeitos idênticos a ele, sendo também importantes pela sua capacidade tamponizadora e emulsificadora; não têm efeitos adversos.
E 332 — Citratos de potássio: a) monopotássico; b) tripotássico; assemelham-se ao E 331.
E 333 — Citratos de cálcio: a) monocálcio; b) dicálcio; c) tricálcio; assemelham-se ao E 331, sendo ainda usados para dar consistência a alimentos.
E 334 — Ácido tartárico; constituinte natural das plantas, ocorre em quantidades apreciáveis nas uvas, sendo obtido comercialmente como um produto secundário da indústria dos vinhos; é antioxidante e intensificador da capacidade antioxidante de outros aditivos, sequestrante (complexante de metais) e diluente de corantes alimentares; não tem efeitos adversos, mas em teores elevados é ligeiramente irritante.

  • Emulsionantes, estabilizadores, espessantes e gelificantes. (60)

E 400 — Ácido algínico; polissacárido hidrofílico de natureza coloidal produzido por certas algas castanhas (p. ex., Laminaria digitata e Macrocystis pyrifera), é utilizado como agente emulsionante, estabilizante, gelificante e espessante; não se detectaram efeitos adversos.
E 401 — Alginato de sódio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele.
E 402 — Alginato de potássio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele.
E 403 — Alginato de amónio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele e usa-se também como diluente de corantes.
E 404 — Alginato de cálcio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele.
E 405 — Alginato de propilenoglicol; obtido do ácido algínico (E 400) tem utilizações idênticas a ele e usa-se também como solvente de aromas e especiarias.
E 406 — Ágar-ágar; polissacárido portador de grupos sulfato, produzido por algas vermelhas (p. ex., dos géneros Gelidium, Gracilaria e Ceramium), é utilizado como espessante, estabilizador e gelificante; em pequenas doses não tem efeitos adversos, mas em maiores quantidades pode originar flatulência e ser laxativo.
E 407 — Carragenina; mistura complexa de polissacáridos portadores de grupos sulfato na forma de sais de cálcio e magnésio, produzida por algas vermelhas (p. ex., Chondrus crispus e Gigartina stellata), é utilizada como emulsionante, espessante e gelificante; tem sido referida como causadora de colite ulcerosa e, quan-do degradada no intestino, podendo ter acção carcinogénica.
E 407a —Algas Eucheuma transformadas; com propriedades hidrocoloidais obtida a partir de algas vermelhas da classe Rhodophyceae, Eucheuma cottonii ou E. spinosum, que para além de carragenina, pode conter até 15% de celulose insolúvel; usado como espessante, gelificante e emulsionante.*
E 410 — Farinha de semente de alfarroba (ou goma de alfarroba); polissacárido do tipo galactomanana com utilização gelificante, estabilizadora e emulsionante; não se conhecem efeitos adversos.
E 412 — Goma de guar; polissacárido do tipo galactomanana, extraído de sementes de leguminosas do género Cyamopsis, nativas da Índia; utilizada como espessante, estabilizador e emulsionante; ajuda os diabéticos a controlar os níveis de açúcar no sangue; só quando usada em quantidades elevadas poderá produzir naúseas, flatulência e cólicas.
E 413 — Goma adragante; mistura complexa de polissacáridos do tipo galacturono-ramnana excretados por plantas leguminosas do género Astragalus; utilizada como emulsionante, estabilizadora, espessante e para impedir a cristalização do açúcar em doces; raras reacções adversas têm sido referidas, entre as quais a dermatite, quando em contacto directo com a pele.
E 414 — Goma arábica; polissacárido complexo excretado pela casca de acácias africanas (p. ex., Acacia senegal); utilizada como espessante, emulsionante, estabilizador, para conferir brilho e para dificultar a cristalização do açúcar; algumas pessoas referem sensibilidade a este polissacárido.
E 415 — Goma xantana; polissacárido produzido pela bactéria Xanthomonas campestris ao fermentar hidratos de carbono; utilizada como estabilizante, espessante e emulsionante; não tem efeitos adversos.
E 416 — Goma Karaya; polissacárido obtido dos tecidos lenhosos de árvores da família Sterculiaceae, nativas do sul da China e Indochina; utilizada como estabilizante, emulsionante e espessante; sem efeitos adversos.
E 417 — Goma de tara; polissacárido do tipo galactomanana, extraído de sementes da árvore leguminosa designada por alfarrobeira peruana (Caesalpinia spinosa); utiliza-se como agente espessante e estabilizador; não tem efeitos adversos.
E 418 — Goma gelana; polissacárido complexo cujos principais componentes são a glucose, a ramnose e o ácido glucurónico, produzido pela bactéria Pseudomonas elodea ao fermentar hidratos de carbono; utilizada como agente espessante, gelificante e estabilizador; não se conhecem efeitos adversos.
E 431 — Estearato de polioxietileno (40), éster de natureza lipídica produzido a partir de ácidos gordos, é um detergente que se usa como emulsionante; pessoas com tendência para alergias de pele apresentam sensibilidade a este aditivo.
E 432 — Monolaurato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 20); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 20, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.
E 433 — Mono-oleato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 80); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 80, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.
E 434 — Monopalmitato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 40); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 40, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.
E 435 — Monoestearato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 60); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 60, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.
E 436 — Triestearato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 65); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 65, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.
E 440 — Pectina e pectina amidada; a pectina é um polissacárido acídico das plantas, obtida em geral de maçãs e laranjas; a pectina amidada obtém-se por tratamento com amónia em condições alcalinas; utiliza-se como emulsionante, estabilizador, espessante e gelificante; não tem efeitos tóxicos, mas em teores elevados causa flatulência.
E 442 — Fosfatidatos de amónio; sais de amónio de fosfolípidos, são usados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.
E 444 — Ésteres acético e isobutírico da sacarose, obtidos a partir da sacarose, são utilizados como estabilizadores; não têm efeitos adversos.
E 445 — Ésteres de glicerol da colofónia, são obtidos por processos de síntese e utilizam-se como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.
E 450 — Difosfatos: a) dissódico; b) trissódico; c) tetrassódico; d) dipotássico; e) tetrapotássico; f) dicálcico; g) di-hidrogeno monocálcico; em maior ou menor grau, conforme o sal, têm utilizações como tamponizante, sequestrante (complexante de metais), levedante, emulsionante, gelificante e melhorador da cor e da textura; não têm feitos adversos.
E 451 — Trifosfatos: a) pentassódico; b) pentapotássico; usados como emulsionantes e melhoradores da textura; cientistas em França sugeriram que os polifosfatos podem provocar perturbações digestivas devido à interferência com vários tipos de sistemas enzimáticos.
E 452 — Polifosfatos: a) de sódio; b) de potássio; c) de sódio e cálcio; d) de cálcio; usados como emulsionantes, estabilizadores, sequestrantes (complexantes de metais) e gelificantes; cientistas em França sugeriram que os polifosfatos podem provocar perturbações digestivas devido à interferência com vários tipos de sistemas enzimáticos.
E 460 — Celulose: a) microcristalina; b) em pó; preparada a partir das paredes celulares das plantas, na forma cristalina por fragmentação química, que origina cristais microscópicos, e em pó por desintegração mecânica seguida de secagem; é usada como fonte de fibra, para aumentar o volume e a capacidade de hidratação de alimentos, como modificadora da textura, evitando a compactação excessiva, como estabilizadora de emulsões e do calor, dispersante, etc.; não tem efeitos adversos, considerando-se, pelo contrário, ser vantajosa contra o desenvolvimento de doenças do aparelho digestivo e circulatório.
E 461 — Metilcelulose; obtida da polpa de madeira por tratamento com álcalis e cloreto de metilo, é utilizado como emulsionante, estabilizadora, espessante, para aumentar o volume e como substituto das gomas solúveis em água; não tem efeitos adversos.
E 463 — Hidroxipropilcelulose; é um éter da celulose preparado quimicamente, utilizada como estabilizadora, emulsionante, espessante e agente de dispersão; não tem efeitos adversos.
E 464 — Hidroxipropil-metilcelulose; obtida quimicamente da celulose, é utilizada como gelificante ou agente de suspensão, emulsionante, estabilizador e espessante; não tem efeitos adversos.
E 465 — Metiletilcelulose; obtida a partir da celulose, é utilizada como emulsionante, estabilizador e produtor de espuma; não tem efeitos adversos.
E 466 — Carboximetilcelulose e o seu sal de sódio; obtida a partir da celulose, é utilizada como espessante, estabilizador, gelificante, modificador de textura; não tem efeitos adversos.
E 468 — Carboximetilcelulose de sódio reticulada; (ver E 466).*
E 469 — Carboximetilcelulose hidrolisada enzimáticamente; ver E 466).*
E 470a — Sais de cálcio, potássio e sódio de ácidos gordos; são sabões, utilizados como emulsionantes, estabilizadores e para evitar a compactação excessiva; não têm efeitos adversos.
E 470b — Sais de magnésio de ácidos gordos; são sabões com utilizações idênticas ao E 470a; não têm efeitos adversos.
E 471 — Mono e diglicéridos de ácidos gordos; são produtos normais da digestão das gorduras, mas preparados quimicamente a partir do glicerol e de ácidos gordos, utilizados como solventes, lubrificantes, melhoradores da textura, estabilizadores e agentes de revestimento; não têm efeitos adversos.
E 472a — Ésteres acéticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; preparados quimicamente, são utilizados como emulsionantes, estabilizadores, agentes de revestimento, modifcadores de textura, solventes e lubrificantes; não têm efeitos adversos.
E 472b — Ésteres lácticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.
E 472c — Ésteres cítricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.
E 472d — Ésteres tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.
E 472e — Ésteres monoacetiltartáricos e diacetiltartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.
E472f — Ésteres mistos acéticos e tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos, idênticos ao E 472a.
E 473 — Ésteres de sacarose de ácidos gordos; preparados quimicamente a partir de ácidos gordos, são utilizados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.
E 474 — Sacaridoglicéridos; preparados pela acção da sacarose nas gorduras (banha, sebo, óleo de palma, etc.), são usados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.
E 475 — Ésteres de poliglicerol de ácidos gordos; obtidos quimicamente, são usados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.
E 476 — Polirricinoleato de poliglicerol; obtido do óleo de rícino, utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.
E 477 — Ésteres de propilenoglicol de ácidos gordos; são utilizados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.
E 479b — Produto de reacção do óleo de soja oxidado por via térmica com mono e diacilgliceróis; utilizado como emulsionante em gorduras para fritura; possivelmente não terá efeitos adversos.
E 481 — Estearilo-2-lactilato de sódio; éster láctico de ácido gordo, utiliza-se como estabilizador e emulsionante; não tem efeitos adversos.
E 482 — Estearilo-2-lactilato de cálcio; idêntido ao E 481.
E 483 — Tartarato de estearilo; éster utilizado como estabilizador e emulsionante; não tem efeitos adversos.
E 491 — Monoestearato de sorbitano; detergente não iónico, resulta da esterificação de ácido gordo com os produtos cíclicos da desidratação do sorbitol, é do tipo genericamente designado por Span; utiliza-se como emulsionante, estabilizador e agente de brilho; não tem efeitos adversos.
E 492 — Triestearato de sorbitano (Span 65); idêntico ao E 491.
E 493 — Monolaurato de sorbitano (Span 20); idêntico ao E 491, usa-se também como agente antiespuma.
E 494 — Mono-oleato de sorbitano (Span 80); idêntico ao E 491.
E 495 — Monopalmitato de sorbitano (Span 40); idêntico ao E 491.

  • Edulcorantes. (13)

E 420 — Sorbitol e xarope de sorbitol; açúcar-álcool que ocorre em alguns frutos, mas que comercialmente é obtido por processos sintéticos a partir da glucose; é utilizado como adoçante e substituto do glicerol (E 422), sendo estabilizador, humidificante e impeditivo da cristalização do açúcar; é útil para os diabéticos porque não aumenta o teor de açúcar do sangue e é bem tolerado, todavia em teores excessivos pode ocasionar flatulência, diarreia e cólicas.
E 421 — Manitol; açúcar-álcool que ocorre em algas e árvores, como o freixo (Fraxinus spp.), de onde se obtém; utilizado como adoçante substituto do açúcar, humidificante e para conferir textura a certos alimentos (moluscos, peixes, etc.); reacções de hipersensibilidade têm sido descritas, como naúseas, vómitos e diarreia.
E 950 — Acessulfamo-K; composto de síntese, contendo azoto e enxofre, tem sabor doce, sendo usado como edulcorante desprovido de valor calórico; estável e solúvel com poder edulcorante até 200 vezes mais que o açúcar; possui leve sabor residual amargo; não metabolizável.
E 951 — Aspártamo; é o éster metílico do dipéptido aspartil-fenilalanina, com sabor doce de 180 a 200 vezes mais intenso do que o açúcar comum (sacarose); é um edulcorante de baixo valor calórico, desprovido de efeitos adversos, comercializado com a designação de «Canderel».
E 952 — Ácido ciclâmico e seus sais de sódio e cálcio; composto de síntese contendo azoto e enxofre (ácido ciclo-hexanossulfâmico) tem sabor doce c. 30 vezes mais intenso do que o açúcar comum (sacarose); é um edulcorante desprovido de valor calórico, designado genericamente por ciclamato.
E 953 — Isomalte; corresponde ao dissacárido isomaltose produzido durante a hidrólise do amido e que pode ser obtido quimicamente a partir da glucose; tem sabor doce com metade da intensidade do açúcar comum (sacarose), sendo usado como edulcorante de baixo valor calórico pois não é facilmente metabolizado pelo organismo humano; não tem efeitos adversos.
E 954 — Sacarina e seus sais de sódio, potássio e cálcio; composto de síntese contendo azoto e enxofre (D-benzossulfimida) tem sabor doce de 200 a 700 vezes mais intenso do que o açúcar comum (sacarose); é um edulcorante desprovido de valor calórico, mas usualmente considerado nocivo para a saúde.
E 955 — Sucralose; é o composto de síntese 4, 1', 6'-triclorogalactosacarose, derivado clorado da sacarose; é altamente estável e solúvel; tem sabor doce de c. de 600 vezes mais intenso o açúcar; tem sabor muito semelhante à sacarose; não é metabolizada pelo organismo¸ é um edulcorante desprovido de valor calórico; não tem efeitos adversos.*
E 957 — Taumatina; proteína de massa molecular c. 20000, presente nos frutos de Thaumatococcus danielli (Marantaceae); tem sabor doce c. 2500 vezes mais intenso do que o açúcar comum (sacarose), sendo usada como edulcorante de baixo valor calórico, embora tenha o inconveniente de ser instável quando aquecida; não tem efeitos adversos.
E 959 — Neo-hesperidina di-hidrochalcona; glicósido de natureza flavonóidica, tem sabor doce, 500 a 1 600 vezes mais intenso do que o açúcar comum (sacarose), sendo de notar que a neo-hesperidina por si só tem sabor amargo, contribuindo para o amargor de porções dos frutos dos citrinos; utiliza-se como edulcorante de baixo valor calórico, não exercendo efeitos adversos.
E 962 — Sal de aspartame-acessulfame; sal produzido a partir de dois edulcorantes autorizados o aspartame (E 951) e acessulfame-K(E 950).*
E 965 — Maltitol e xarope de maltitol; açúcar-álcool formado por glucose e sorbitol, utiliza-se como edulcorante para substituir o açúcar comum em alimentos de baixo valor energético ou sem adição de açúcar; em teores excessivos poderá provocar alterações digestivas idênticas às referidas para os E 420 e E 421.
E 966 — Lactitol; açúcar-álcool formado por galactose
e sorbitol, utiliza-se como edulcorante para substituir o açúcar comum em alimentos de baixo valor energético ou sem adição de açúcar; em teores excessivos pode provocar alterações digestivas idênticas às referidas para os E 420 e E 421.
E 967 — Xilitol; é o açúcar-álcool correspondente à xilose, que se obtém como subproduto da sacarificação da madeira ou por hidrogenação da xilose; utiliza-se como edulcorante para substituir o açúcar comum, identicamente aos E 965 e E 966.




  • Outros. (144)

(Ácidos, Reguladores de acidez, agente antiaglomerante, antiespuma, de volume, de transporte incluindo solventes de transporte, sais de fusão -dispersantes de proteínas, endurecedores, intensificadores do gosto e do aroma, espumantes -dispersantes de gases em alimentos líquidos ou sólidos, agentes de brilho e protecção superficial, humidificantes, amidos modificados, gases de embalagem, propulsores,
levedantes químicos, sequestrantes ou complexantes de metais.)

E 260 — Ácido acético; acidulante, agente antibacteriano e diluente de matérias corantes, é um componente natural do vinagre, mas geralmente produzido por destilação destrutiva de madeira; não são conhecidos problemas toxicológicos.
E 261 — Acetato de potássio; agente tampão e estabilizador da cor natural dos tecidos animais e vegetais; não é tóxico mas deve ser evitado por pessoas com deficiência renal.
E 262 — Acetato de sódio e hidrogenoacetato de sódio (ou diacetato de sódio); agentes tampão e conservantes, principalmente contra a germinação de esporos de fungos no pão; não têm efeitos adversos excepto para pessoas com deficiência renal.
E 263 — Acetato de cálcio; conservante usado contra o desenvolvimento de fungos e complexante de metais (sequestrante), também usado para dar consistência a alimentos; não se lhe conhecem efeitos adversos.
E 270 — Ácido láctico; conservante, acidulante e aromatizante, tem também a capacidade de aumentar o efeito antioxidante de outras substâncias; é naturalmente produzido pelos microrganismos lácticos, embora seja também obtido industrialmente pela fermentação de hidratos de carbono por estirpes de bactérias lácticas; não apresenta efeitos toxicológicos nos adultos, mas os bebés podem ter dificuldades em metabolizá-lo.
E 290 — Dióxido de carbono; conservante, agente de arrefecimento e gás de embalagem; é um produto natural presente na atmosfera, também obtido por fermentação ou pela acção de ácidos sobre os carbonatos; no estômago alguns carbonatos aumentam a secrecção dos sucos gástricos e promovem a absorção de álcool potenciando o seu efeito.
E 296 — Ácido málico; acidificante e aromatizante, é um constituinte natural de muitos frutos (p. ex., da macieira, Malus domestica; Rosaceae), sendo também produzido quimicamente; não tem efeitos adversos.
E 297 — Ácido fumárico; acidificante, aromatizante e antioxidante e fermento artificial, ocorre em pequenas quantidades em muitas plantas, sendo obtido comercialmente por processos fermentativos; não tem efeitos adversos.
E 335 — Tartaratos de sódio; a) monossódico; b) dissódico; obtidos do ácido tartárico (E 334), têm propriedades idênticas a ele e capacidade tamponizadora e emulsificadora; não têm efeitos adversos.
E 336 — Tartaratos de potássio; a) monopotássico; b) dipotássico; obtidos a partir do ácido tartárico (E 334), utilizam-se como acidulante (a), agentes tamponizadores e emulsificadores, antioxidantes e levedante (a), neste caso geralmente em associação com o bicarbonato de sódio (E 500); não têm efeitos adversos.
E 337 — Tartarato duplo de sódio e potássio; obtido do ácido tartárico e com aplicações semelhantes às do E 336.
E 338 — Ácido fosfórico; acidificante, aromatizante e sequestrante (complexante de metais), aumenta a acção antioxidante de outros aditivos; não tem efeitos adversos.
E 339 — Fosfatos de sódio; a) monossódico; b) dissódico; c) trissódico; com propriedades semelhantes ao E 338 e com capacidade tamponizadora, gelificante (b) e clarificante (c); não têm efeitos adversos.
E 340 — Fosfatos de potássio: a) monopotássico; b) dipotássico; c) tripotássico; muito semelhantes aos E 339.
E 341 — Fosfatos de cálcio: a) monocálcico; b) dicálcico; c) tricálcico; têm utilização muito semelhante às dos E 339, para além do seu emprego como suplementos de cálcio e levedante (a); não têm efeitos adversos.
E 343 — Fosfatos de magnésio: a)monomagnésico; b) dimagnésico; com capacidade tamponizadora, utilizam-se como reguladores de acidez.*
E 350 — Malatos de sódio: a) malato; b) hidrogenomalato; sais do ácido málico (E 296) usados como agentes tamponizadores; sem efeitos adversos.
E 351 — Malato de potássio; agente tamponizador obtido a partir do ácido málico (E 296); sem efeitos adversos.
E 352 — Malatos de cálcio: a) malato; b) hidrogenomalato; obtidos a partir do ácido málico (E 296), são usados como agentes tamponizadores e para dar consistência a alimentos; sem efeitos adversos.
E 353 — Ácido metatartárico; agente sequestrante (complexante de metais) obtido a partir do ácido tartário (E 334), utilizado em vinhos; não tem efeitos adversos.
E 354 — Tartarato de cálcio; sal do ácido tartárico (E 334), agente tamponizador e estabilizante de aditivos antioxidantes; não tem efeitos adversos.
E 355 — Ácido adípico; ácido orgânico dicarboxílico (hexanodióico) ocorre em muitos seres vivos e em concentração particularmente elevada na beterraba, mas é obtido comercialmente por oxidação do ciclo-hexanol com ácido nítrico; utiliza-se como acidificante, aromatizante e levedante, apresentando vantagem sobre o ácido tartárico (E 334), os tartaratos e os fosfatos por não ser higroscópico; não tem efeitos adversos.
E 356 — Adipato de sódio; sal do ácido adípico (E 355) com utilizações idênticas às dele.
E 357 — Adipato de potássio; sal do ácido adípico (E 355) com utilizações idênticas às dele.
E 363 — Ácido succínico; ácido orgânico dicarboxílico (butanodióico) interveniente no ciclo de Krebs, encontra--se em pequenas quantidades em alguns frutos, sendo obtido comercialmente a partir do ácido acético; utiliza--se como acidificante, agente tamponizante e sequestrante (complexante de metais); não tem efeitos adversos.
E 380 — Citrato triamónico; obtido a partir do ácido cítrico (E 330), utiliza-se como tamponizante e emulsionante; não tem efeitos adversos.
E 385 — Etilenodiaminatetracetato de cálcio dissódico (EDTA Ca Na2); preparado sinteticamente é um complexante de metais (sequestrante) e agente estabilizador, usado em molhos, conservas e algumas bebidas; tem sido sugerido que interfira com a absorção pelo organismo de microelementos, como o ferro, o zinco e o cobre; em doses superiores às utilizadas nos alimentos produz diarreia, vómitos e cólicas.
E 422 — Glicerol; álcool componente de óleos e gorduras, obtido a partir deles como subproduto das indústrias dos sabões e dos ácidos gordos; é usado como solvente, humidificante e adoçante; ingestão de doses elevadas pode provocar dores de cabeça, sede, naúseas e aumentar o teor de açúcar no sangue.
E 459 — Beta-ciclodextrina, Polissacárido cíclico; agente de transporte utilizado no encapsulamento de aditivos alimentares, e vitaminas.
E 500 — Carbonatos de sódio: a) carbonato; b) hidrogenocarbonato; c) sesquicarbonato; utilizados como alcalinizantes; não têm efeitos adversos em pequenas doses, mas em teores elevados podem afectar o aparelho digestivo e causar problemas circulatórios.
E 501 — Carbonatos de potássio: a) carbonato; b) hidrogenocarbonato; idênticos ao E 500.
E 503 — Carbonatos de amónio: a) carbonato; b) hidrogenocarbonato; idênticos ao E 500 e também usados como agentes tamponizantes.
E 504 — Carbonatos de magnésio: a) carbonato; b) hidrogenocarbonato (ou hidroxicarbonato); idênticos ao E 500.
E 507 — Ácido clorídrico; acidificante, não tem efeitos adversos.
E 508 — Cloreto de potássio; substituto do sal e suplemento dietético; em doses elevadas pode causar ulcerações gástricas ou intestinais.
E 509 — Cloreto de cálcio; utiliza-se como sequestrante (complexante de metais) e para dar firmeza; não tem efeitos adversos.
E 511 — Cloreto de magnésio; utiliza-se como suplemento dietético e para conferir firmeza; é laxativo e os teores de magnésio absorvido facilmente eliminados pelos rins, excepto em pessoas com problemas renais.
E 512 — Cloreto estanoso; é um forte agente redutor, com poder descorante, usado em certas conservas vegetais que se desejem despigmentados (p. ex., espargos brancos); tem baixa toxicidade para o ser humano, mas pode ser altamente irritante na pele e nas mucosas.
E 513 — Ácido sulfúrico; utilizado como acidificante; é uma substância tóxica.
E 514 — Sulfatos de sódio: a) sulfato; b) hidrogenossulfato; utilizados como diluentes; doses elevadas de sódio podem ser excessivas, particularmente para bebés e deficientes cardíacos e renais.
E 515 — Sulfatos de potássio: a) sulfato; b) hidrogenossulfato; substitutos do sal para fins dietéticos; não têm efeitos adversos.
E 516 — Sulfato de cálcio ou gesso; utiliza-se como agente de firmeza, sequestrante (complexante de metais), suplemento nutritivo e excipiente inerte; não tem efeitos adversos.
E 517 — Sulfato de amónio; utilizado como solvente de transporte e tamponizante; não tem efeitos adversos.
E 520 — Sulfato de alumínio; tem propriedades antissépticas, detergente e clarificante; o alumínio absorvido é facilmente eliminado pelos rins, quando saudáveis.
E 521 — Sulfato de alumínio e sódio; idêntico ao E 520.
E 522 — Sulfato de alumínio e potássio; idêntico ao E 520.
E 523 — Sulfato de alumínio e amónio; idêntico ao E 520.
E 524 — Hidróxido de sódio; alcalinizante e dissolvente de corantes; substância caústica, não tem efeitos adversos nas aplicações usuais em que se emprega diluída.
E 525 — Hidróxido de potássio; idêntico ao E 524.
E 526 — Hidróxido de cálcio; agente neutralizante e conferidor de firmeza; não tem efeitos adversos.
E 527 — Hidróxido de amónio; alcalinizante e diluente e solvente de corantes; não tem efeitos adversos.
E 528 — Hidróxido de magnésio; alcalinizante; não tem efeitos adversos.
E 529 — Óxido de cálcio; alcalinizante e nutriente; não tem efeitos adversos.
E 530 — Óxido de magnésio; alcalinizante e antiagregante; não tem efeitos adversos.
E 535 — Ferrocianeto de sódio; agente antiagregante e modificador de cristais, usado no sal e nos seus substitutos; tem baixo nível de toxicidade já que o grupo cianeto está bloqueado pelo ferro.
E 536 — Ferrocianeto de potássio; idêntico ao E 535.
E 538 — Ferrocianeto de cálcio; idêntico ao E 535.
E 541 — Fosfato ácido de alumínio e sódio; acidificante e levedante para padaria fina (scones e similares); o organismo saudável adapta-se facilmente a teores elevados de sódio e elimina o alumínio absorvido, porém estão em risco bebés e pessoas com insuficiências renais ou cardíacas.
E 551 — Sílica (ou dióxido de silício); agente de suspensão e antiagregante, espessante e estabilizador em suspensões e emulsões ou mesmo no vinho; não tem efeitos adversos.
E 552 — Silicato de cálcio; antiagregante e agente de polimento, brilho e revestimento; não tem efeitos adversos.
E 553a — Silicato de magnésio e trissilicato de magnésio (desprovido de amianto); idêntico ao E 552.
E 553b — Talco (desprovido de amianto); agente anti-aderência; não tem efeitos adversos.
E 554 — Silicato de alumínio e sódio; agente antiagregante; o excesso de alumínio e sódio pode pôr em risco pessoas com insuficiências renais ou cardíacas.
E 555 — Silicato de alumínio e potássio; idêntico ao E 554.
E 556 — Silicato de alumínio e cálcio; idêntico ao E 554.
E 558 — Bentonite; material argiloso essencialmente do tipo montmorilonite, encontrado pela primeira vez em Fort Benton (estado de Wyoming nos EUA), usado como agente antiagregante, clarificante e emulsionante; não tem efeitos adversos.
E 559 — Silicato de alumínio (caulino); agente antiagregante; não tem efeitos adversos.
E 570 — Ácidos gordos; ácidos orgânicos obtidos dos óleos e gorduras, usados como agentes antiagregantes e emulsionantes; não têm efeitos adversos.
E 574 — Ácido glucónico; açúcar-ácido preparado comercialmente a partir da oxidação da glucose, usado como acidificante e sequestrante (complexante de metais); durante o aquecimento do leite impede a formação de «pedra» (depósitos de fosfatos de cálcio e magnésio) e durante a preparação da cerveja evita também a formação da «pedra» da cerveja; não tem efeitos adversos.
E 575 — Glucono-delta-lactona; idêntico ao E 574.
E 576 — Gluconato de sódio; sal do E 574, usado como sequestrante (complexante de metais) e suplemento dietético; não tem efeitos adversos.
E 577 — Gluconato de potássio; idêntico ao E 576.
E 578 — Gluconato de cálcio; sal do E 574, usado como sequestrante (complexante de metais), agente tamponizador e para dar firmeza; não tem efeitos adversos.
E 579 — Gluconato ferroso; sal de ferro do E 574, usado como adjuvante em processos de coloração ou escurecimento por oxidação; não tem efeitos adversos.
E 585 — Lactato ferroso; sal de ferro do E 270, usado como nutriente e como adjuvante em processos de coloração ou escurecimento por oxidação; não tem efeitos adversos.
E 620 — Ácido glutâmico; aminoácido constituinte das proteínas e importante intermediário do metabolismo do azoto das plantas e dos animais, pode ser obtido a partir do glúten do trigo ou de melaços de beterraba-açucareira, mas mais usualmente por fermentação de hidratos de carbono por bactérias (p. ex., Micrococcus glutamicus); é utilizado como suplemento dietético, como intensificador de sabor e substituto do sal; considera-se não ter efeitos adversos, veja-se, todavia, comentários ao E 621.
E 621 — Glutamato monossódico; sal do E 620, encontra-se naturalmente na alga japonesa conhecida por seatango, mas é obtido de forma idêntica ao E 620; utiliza-se como intensificador de sabor e substituto do sal, sendo comercializado com a designação de Aji-no-moto; o seu consumo pode desencadear a «síndroma dos restaurantes chineses», que se manifesta por palpitações, dores de cabeça, tonturas, náuseas, dores no pescoço, endurecimento muscular e fraqueza dos braços; é proibido em alimentos para bebés.
E 622 — Glutamato monopotássico; idêntico ao E 621.
E 623 — Diglutamato de cálcio; idêntico ao E 621.
E 624 — Glutamato monoamónico; idêntico ao E 621.
E 625 — Diglutamato de magnésio; idêntico ao E 621.
E 626 — Ácido guanílico; nucleótido componente dos ácidos nucleicos, é utilizado como intensificador de sabor; embora se considere sem efeitos adversos, deve ser evitado pelas pessoas que sofrem de gota, que não devem consumir alimentos ricos em purinas; proibido em alimentos para bebés.
E 627 — Guanilato dissódico; sal do E 626, idêntico a ele.
E 628 — Guanilato dipotássico; sal do E 626, idêntico a ele.
E 629 — Guanilato de cálcio; sal do E 626, idêntico a ele.
E 630 — Ácido inosínico; nucleótido componente dos ácidos nucleicos, é utilizado como intensificador de sa-bor; ter precauções idênticas às referidas para o E 626.
E 631 — Inosinato dissódico; sal do E 630, idêntico a ele.
E 632 — Inosinato dipotássico; sal do E 630, idêntico a ele.
E 633 — Inosinato de cálcio; sal do E 630, idêntico a ele.
E 634 — 5’-Ribonucleótidos de cálcio; mistura de guanilato e inosinato de cálcio (E 629+E 633).
E 635 — 5’-Ribonucleótidos dissódicos; mistura de guanilato e inosinato dissódicos (E 627 + E 631).
E 640 — Glicina e respectivo sal de sódio; é o mais simples dos aminoácidos constituintes das proteínas; pode ser obtida a partir da gelatina ou por processos de síntese; tem sabor doce; é utilizado como excipiente; não tem efeitos adversos.
E 650 — Acetato de zinco.*
E 900 — Dimetilpolissiloxano; composto de síntese, contendo silício, do tipo silicone, utilizado como repelente da água e agente anti-espuma, em óleos, compotas, sopas, sumos, vinho, etc.; não tem efeitos adversos.
E 901 — Cera de abelhas (branca e amarela); usa-se como agente de revestimento, brilho e antiaderente; não tem efeitos adversos.
E 902 — Cera candelilha; cera amarela-acastanhada a castanha, obtida das «candelilhas» (Euphorbia antisyphilitica e E. cerifera), plantas mexicanas da família Euphorbiaceae; utiliza-se como agente de revestimento e brilho e para endurecer outras ceras.
E 903 — Cera de carnaúba; cera amarela a castanho-claro, obtida das folhas da carnaubeira (palmeira brasileira Copernicia prunifera), usada como agente de revestimento e brilho; não tem efeitos adversos.
E 904 — Goma laca; obtida da secreção resinífera de um insecto indiano afim das cochonilhas, o Laccifer lacca; é utilizada como agente de revestimento e brilho; não têm sido referidos efeitos adversos.
E 905 — Ceras microcristalinas; usado como agente de revestimento em confeitaria e em alguns frutos, como base em pastilhas elásticas, e como agente anti-espuma.*
E 907 — Poli-1-deceno hidrogenado; usado como agente de revestimento usado em produtos como caramelos.*
E 912 — Ésteres do ácido montânico (ácido gordo saturado em C28), usados como agentes de revestimento e brilho na superfície de frutos frescos, nomeadamente citrinos; diminuem a dessecação.
E 914 — Cera de polietileno oxidada; tem utilização idêntica à do E 912.
E 920 — L-Cisteína; Hidrocloreto de L-cisteína composto de origem animal utilizado como agente de tratamento de farinhas.*
E 927b — Ureia (ou carbamida); diamida com propriedades de base fraca, é obtida por síntese a partir do dióxido de carbono e da amónia a altas temperaturas e pressão; é utilizada como intensificador de sabor; não tem efeitos adversos.
E 938 — Argon; gás inerte de embalagem ou propulsor.
E 939 — Hélio; gás inerte de embalagem ou propulsor.
E 941 — Azoto; gás inerte de embalagem ou propulsor.
E 942 — Óxido nitroso; gás de embalagem.
E 943b —Isobutano; gás de embalagem.*
E 944 — Propano; gás de embalagem.*
E 948 — Oxigénio; gás de embalagem.*
E 949 — Hidrogénio; gás de embalagem.*
E 999 — Extracto de quilaia; extracto da casca da árvore sul-americana Quillaja saponaria (Rosaceae), cujos principais constituintes são saponinas triterpénicas de sabor amargo e propriedades detergentes; utiliza-se na preparação de bebidas aromatizadas não alcoólicas; as saponinas são altamente tóxicas para animais de sangue frio (moluscos, insectos), mas com pouca acção sobre os mamíferos (ingestão de extracto de quilaia por ratos, durante dois anos consecutivos, não mostrou efeitos adversos); as saponinas da quilaia baixam o colesterol do sangue e estimulam o sistema imunitário em animais de experimentação.
E 1103 — Invertase (EC 3.2.1.26); enzima hidrolítica produzido por fermentação submersa aeróbia da levedura Saccharomyces cerevisiae, que catalisa a hidrólise da sacarose em glucose e fructose; utiliza-se em confeitaria, pastelaria e massas alimentícias.secas.*
E 1200 — Polidextrose; polímero de estrutura variável obtido artificialmente pela condensação da glucose com sorbitol e ácido cítrico (proporção aproximada de 90:10:1), estando as unidades de glucose ligadas entre si predominantemente entre os carbonos 1 e 6; utiliza-se como agente de volume e de textura, humidificante, estabilizador e espessante; não tem efeitos adversos.
E 1201 — Polivinilpirrolidona; formado por 200 a 7000 unidades de vinilpirrolidona, é um polímero de cor branca, solúvel na água, originando um sistema coloidal que tem sido usado como substituto do plasma sanguíneo; utiliza-se como expansor de volume e agente dispersante, nomeadamente em suplementos alimentares dietéticos na forma de pastilhas; tem a propriedade de complexar fenóis e outras substâncias, pelo que tem utilidade como agente clarificante, p. ex., na indústria da cerveja; não tem efeitos adversos.
E 1202 — Polivinilpolipirrolidona; forma insolúvel do E 1201, tem idênticas utilizações.
E 1404 — Amido oxidado; amido modificado; os amidos modificados obtêm-se através de um ou mais tratamentos químicos de amidos comestíveis, podendo ainda sofrer tratamento físico ou enzimático e serem fluidificados por via ácida ou alcalina, ou branqueados; são utilizados como espessantes, considerando-se serem desprovidos de efeitos adversos; todavia na Grã-Bretanha tem sido evitada a sua utilização.
E 1410 — Fosfato de amido monossubstituído; amido modificado (ver E 1404).
E 1412 — Fosfato de amido dissubstituído; amido modificado (ver E 1404).
E 1413 — Fosfato de amido dissubstituído, fosfatado; amido modificado (ver E 1404).
E 1414 — Fosfato de amido dissubstituído, acetilado; amido modificado (ver E 1404).
E 1420 — Amido acetilado; amido modificado (ver E 1404).
E 1422 — Adipato de amido dissubstituído, acetilado; amido modificado (ver E 1404).
E 1440 — Hidroxipropilamido; amido modificado (ver E 1404).
E 1442 — Fosfato de amido dissubstituído, hidroxipropilado; amido modificado (ver E 1404).
E 1450 — Sal de sódio de octenilsuccinato de amido; amido modificado (ver E 1404).
E 1451 — Amido oxidado acetilado; amido modificado (ver E 1404).*
E 1505 — Citrato trietílico; éster do ácido cítrico (E 330), utilizado como agente de suporte e sequestrante (complexante de metais); não tem efeitos adversos.
E 1517 — Diacetato de glicetilo (diacetina).*
E 1518 — Triacetato de glicerilo (triacetina); é um éster do glicerol de estrutura idêntica a um óleo, usado como humidificante; não tem efeitos adversos.
E 1519 — Álcool benzílico.*
E 1520 — 1,2-Propanodiol (propilenoglicol); usado como solvente, agente de polimento e humidificador.*